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26 e tá tudo diferente – Será que vou mudar?

Pouco depois das 13h de 17/12/1989 nascia Stephanie. Minha mãe queria parto normal, mas era domingo de eleição, e o médico disse que eu havia sentado.

Tinha que ser cesárea, afinal de contas. Stephanie Noelle (no RG eu sou Noeli, porque papai não levou em consideração as recomendações da minha mãe, que queria que eu me chamasse Noelle igual a Noelle Page, do Sidney Sheldon), Sagitário, ascendente em Peixes, lua em Leão.

Aventureira, livre, com a cabeça em tantos sonhos que se esquece às vezes de pôr os pés no chão para realizá-los, mais egocêntrica e sensível à opinião dos outros do que gostaria.

26 e tá tudo diferente

Estou ficando mais velha hoje, e tudo tá meio estranho. Tá tudo muito diferente do que sempre foi. Eu sinto diferente, eu vejo diferente, eu vivo diferente.

Durante muitos anos esse dia foi o dia mais feliz do mundo pra mim, e eu sabia exatamente como eu me sentiria. Aquele quentinho, aquelas pessoas todas ao meu redor, aquela tradição de ir jantar no mesmo lugar, aquela festa da qual todo mundo gostava. Foram muitos anos assim. E antes desses, houveram outras tradições. Outros costumes. Outros abraços que mesmo que fossem conhecidos, eram deliciosos. Eram esperados e me transportavam para aquele lugar onde nada no mundo pode me fazer mal.

Esse ano foi tudo diferente. Tudo. Está sendo.

Não tem tradição, não tem quentinho no coração, não tem nada ao qual eu estava acostumada. E é estranho, porque eu gosto muito do novo, mas dá um medo de não ser tão legal quanto era. Tem uma parte de mim que enxerga em tudo o que passou a receita pura e simples da felicidade. E daí fica com aquele pé atrás de que não vai ser tão legal assim.

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Vai sim. Na real, vai ser diferente. E vai ser bom sim. Tá sendo. Tá sendo gostoso andar por essa corda bamba, sem saber ao certo quando é que vou pisar em terra firme de novo. Claro que eu ainda não ando com toda a segurança do mundo. Eu dou umas cambaleadas boas, mas eu sigo em frente. E a cada passo é uma sensação nova.

Tem tantas pessoas novas e maravilhosas na minha vida nesse momento que eu não ouso dizer que esse aniversário está sendo em alguma instância menos legal do que os outros. É diferente. Antes, meu coração tinha uma parte dele em uma outra pessoa. Hoje, meu coração tem um monte de outros pedacinhos em várias outras pessoas, meus amigos que cuidam de mim e me enchem de amor e carinho e inspiração.

No começo desse ano, exatamente um mês depois de eu completar 25, eu me mudei pra uma casa com meninos desconhecidos. Hoje, eles são minha família. Meu lar. Os rostos conhecidos cujos sorrisos, as risadas, as piadas, os jantares, os drinks, os filmes, as noites de domingo deitados nos sofás e os cafés da manhã preguiçosos iluminam meu mundo. Simon, Hugo, Nico e Alex, ninguém poderia dizer o espaço que vocês ocupariam na minha vida.

Cinco meses depois de eu completar 25 anos, eu conheci uma mocinha que entrou como quem não quer nada na minha vida, dizendo que tinha gostado muito mais de mim depois de me ver dançando pole dance no snap da Dani Noce.

Hoje, se ela sair da minha vida, um pedaço de mim vai junto. As pessoas chamam ela de Natalia, os amigos de Taia, mas eu chamo de Gêmea, mesmo. A gêmea focada, melhor do mundo no que faz, cheia dos repertórios das músicas que importam, sincera sempre -brigada!- e presente pra absolutamente tudo. Beber um rosé pra comemorar ou um tinto pra chorar as pitangas. Como é que pode duas pessoas terem uma conexão tão gigantesca tão rápido? Eu não sei a resposta, mas eu tenho o exemplo bem aqui.

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E como tem essa estrela gigante em cima da minha cabeça que é tipo um farol que atrai só gente maravilhosa, o que era uma pessoa querida e muito fofa que topou me ensinar a fazer meu bolo de 25 anos em um vídeo quando a gente nunca tinha se visto na vida real virou essa amiga foda que fez meu bolo de aniversário de 26, com recheio de brigadeiro e morango (meu preferido), que é eufemismo pra amor & carinho, como todos sabemos.

A Dani é essa mulher tão foda, tão talentosa e tão fazedora das coisas acontecerem que tem hora que nem sei se faço meu papel de amiga ou pego um bloquinho e caneta e começo a anotar tudo o que ela ensina só de estar por perto.

Teve uma época em que eu achei que tinha que ter conquistas e coisas e viagens pra listar quando completasse uma idade, pra sentir que tinha valido a pena. E se eu olhasse pro meus ano e visse que não tinham acontecidos coisas que eu pudesse citar de maneira objetiva, eu não estava indo pelo caminho certo.

Cheguei aos 26 com muitas dúvidas, mais do que jamais tive. Mas tenho uma certeza: o que importa, verdade-verdadeira, são as pessoas. As experiências, as memórias, os momentos que eu passar ao lado delas. Às vezes vai ter uma foto pra marcar aquilo. Na maioria das vezes, não. E dane-se. Tá tudo no meu coração.

Ele, aliás, cresce exponencialmente a cada aniversário que passa. Tá cheio de amor, é claro.